A
FÉ: MÃE DA ESPERANÇA E DA CARIDADE
Para ser proveitosa, a fé tem de
ser ativa; não deve entorpecer-se. Mãe de todas as virtudes que conduzem a
Deus, cumpre-lhe velar atentamente pelo desenvolvimento dos filhos que gerou.
(...)
Inspiração divina, a fé desperta todos
os instintos nobres que encaminham o homem para o bem. É a base da regeneração.
Preciso é, pois, que essa base seja forte e durável, porquanto, se a mais
ligeira dúvida a abalar que será do edifício que sobre ela construirdes? Levantai, conseguintemente, esse edifício
sobre alicerces inamovíveis. Seja mais forte a vossa fé do que os sofismas e as
zombarias dos incrédulos, visto que a fé que não afronta o ridículo dos homens
não é fé verdadeira. (p. 142-143)
A
FÉ HUMANA E A DIVINA
A fé é humana ou divina, conforme o
homem aplica suas faculdades à satisfação das necessidades terrenas, ou das
suas aspirações celestiais e futuras. O homem de gênio, que se lança à
realização de algum grande empreendimento, triunfa, se tem fé, porque sente em
si que pode e há de chegar ao fim colimado, certeza que lhe faculta imensa
força. O homem de bem que, crente em seu futuro celeste, deseja encher de belas
e nobres ações a sua existência, haure na sua fé, na certeza da felicidade que
o espera, a força necessária, e ainda aí se operam milagres de caridade, de
devotamento e de abnegação. Enfim, com a fé, não há maus pendures que se não
chegue a vencer. (p. 143)
Em que temos depositado nossa fé? No que há de mais divino? Ou, naquilo que nos assusta?
Ao lermos jornais e revistas ou assistirmos os telejornais, a maioria das notícias nos faz acreditar que vivemos em um mundo caótico, onde as pessoas perderam o sentido de humanidade, não sentem empatia pela dor alheia, que políticos e governos pouco se importam com os cidadãos mais necessitados.
Recomendo programas mais educativas e leituras edificantes para que nossos pensamentos e nossas emoções sejam mais otimistas e construtivos.
Considerando esse mundo em que vivemos uma grande escola, utilizemos o medo, a insegurança propagada pela mídia, para fortalecer nossa Fé e nossa Esperança, para desenvolver a empatia pelo sofrimento alheio e, assim, sermos mais tolerantes e caridosos.
Referência:
Evangelho Segundo o Espiritismo. Título do original francês: L'Évangile selon le Spiritisme (Paris, abril- 1864). Tradução de GUILLON RIBEIRO. 3a. edição francesa revista, corrigida e modificada pelo autor em 1866. Copyright 1944 by FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA.
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